Artigo de autoria de Luís Dias, publicado originalmente na RH Magazine
Ser uma empresa de sucesso, não é um argumento que termine apenas em si próprio. Não é apenas por efetivamente apresentar resultados financeiros e crescimento ano após ano que podemos afirmar que criou um impacto positivo na sociedade e no tecido empresarial que a rodeia. Aí sim, reside o verdadeiro sucesso … quer de uma pessoa, quer de uma organização de pessoas (empresa, associação, partido político, etc).
Hoje em dia, ao contrário das organizações empresariais passadas do século XX, onde uma pessoa tinha uma função muito restrita ao bom estilo do fordismo, que fez crescer o mundo no pré e pós-guerras mundiais e em que uma pessoa servia uma função. O paradigma das organizações empresariais do século XXI inverteu-se e temos hoje um contexto empresarial menos frio e mais importado em causar um impacto positivo nas pessoas que nela trabalham e que a rodeiam.
Hoje vemos as empresas importadas com novas problemáticas como as mudanças de mentalidade geracional, o acesso à informação anytime anywhere, uma competitividade global e não apenas local e o que fazer com aquela que é, sem sombra de dúvida, a geração mais bem preparada de sempre em termos académicos e educacionais.
É aqui que uma empresa pode criar o seu impacto positivo na sociedade que a rodeia. Preocupar-se com o bem-estar dos seus colaboradores é apenas um dos temas em que as organizações modernas investem, criando grupos desportivos, oferecendo condições de trabalho mais saudáveis e flexíveis de forma a conciliar vida pessoal e laboral, reconhecendo a diferença e incentivando a criatividade de forma a produzir valor e achievment pessoal conferindo outro sentido à presença do colaborador na organização.
Mas não é apenas olhando para dentro que uma empresa pode contribuir positivamente para a sociedade. Tão importante como olhar para si próprio, é importante saber o lugar que ocupamos com os que nos rodeiam e, uma organização, deve igualmente ter essa noção e procurar ter um impacto positivo. De alguma forma exercer aquele velho chavão de devolver à sociedade aquilo que ela nos deu.
Daí ser muito importante contribuir para uma partilha de conhecimento e de experiências, não só do ponto de vista pessoal, mas essencialmente do ponto de vista empresarial e organizacional. Todos os anos em Portugal abrem e fecham dezenas de milhares de empresas. Mas curiosamente, dados de 2019, já abriram cerca de 38 mil empresas e fecharam 16 mil. O dobro de aberturas em comparação com os fechos. O que demonstra bem o carácter empreendedor dos portugueses. Não obstante que o mercado pode e deve funcionar, é importante esta intersecção entre empresas maduras e de sucesso com empresas jovens e que lutam para crescer no mercado. Além das vantagens óbvias de aprendizagem com quem já passou por dificuldades idênticas, também as empresas maduras podem crescer e ganhar outros níveis de organização e conhecimento com novos métodos, novas estruturas, novas ideias de forma a que exista uma constante evolução da sua própria empresa.
Temas como estruturas organizacionais pesadas e antiquadas se podem modernizar e tornar atrativas para as novas gerações; como inovar e trazer inovação para empresas com modelos muito conservadores; novas maneiras de valorização e crescimento pessoal dos membros da organização; são temas que hoje tem de estar presentes na mente de quem gere e lidera as empresas maduras de sucesso, sob pena de perderem terreno para os concorrentes, colaboradores para empresas mais sedutoras e tornarem-se obsoletas.
Pertencendo a uma empresa portuguesa, a KCS IT, que existe há 11 anos e que atingiu patamares de crescimento e de maturidade organizacional bastante elevados, é meu privilégio de contribuir também para esse “give it back” participando em várias iniciativas de mentoring e counseling para empreendedores e start-up como é o concurso Montepio Acredita Portugal em que somos patrocinador principal para a categoria de empresas tecnológicas com o prémio K Tech. Sem dúvida tem sido uma experiência extremamente gratificante e que me permitem trazer para a organização a que pertenço não só novas ideias e práticas, mas também uma enorme satisfação de ajudar quem procura ter sucesso a tê-lo.
Estar em contacto com esta nova vaga de empreendedores do século XXI, que vêm o mundo de forma diferente, que apresentam novas abordagens na inovação, que procuram ir todos os dias um pouco mais além tem sido profundamente enriquecedor. Tem sido um percurso de aprendizagem de novas tecnologias, produtos, técnicas que permitem, não só pessoalmente, mas também à KCS IT, crescer, melhorar, inovar e contribuir decisivamente para uma evolução constante na maneira como nos relacionamos com os nossos, com os outros e com a sociedade.