Artigo de autoria do Diretor Geral da KCS iT, publicado primeiramente na Computerworld.
As consultoras presentes devem nortear a sua ação pelo acréscimo cimento de valor aos “players” internacionais, no acompanhamento funcional de negócios e construindo uma relação de proximidade, considera Tiago Farinha, director-geral da KCS IT.
A região do Porto vive um momento de afirmação internacional. O período económico desafiante vivido na última dezena de anos dissipa-se a olhos vistos com a chegada de “players” tecnológicos em busca do melhor que a cidade tem para dar.
Servido por um aeroporto que mais que duplicou o número de passageiros em 10 anos – de 3,4 (2006) para 9,3 milhões (2016) – o destino soube adequar a sua oferta turística à procura e assim espoletar o interesse económico internacional para outros setores. A cidade invicta tem ganho prémios e, cada ano, reforça a sua atração turística (Primavera Sound, Comic Con, Red Bull Air Race e coleção de quadros de Joan Miró).
As valências disponibilizadas pela região vão além do turismo e são geradoras de confiança necessária para os “players” mundiais que procuram deslocalizar atividades e/ou estabelecer centros de competência de forma vantajosa.
Centros operativos no Porto, para ação global
A Euronext relocalizou o seu Centro Tecnológico para o Porto e com ele chegam 140 profissionais altamente qualificados, alguns deles formados no nosso país. A Bolsa Europeia terá um centro de competências responsável pela cibersegurança e novos projetos de Transformação Digital.
O banco Natixis está a transferir a área de inovação e tecnologia para o Porto, mais propriamente no edifício Oporto Center onde anteriormente se encontrava o Central Shopping. Em 3 anos, a cidade ganha 600 postos de trabalho qualificados só para esta instituição.
Um ecossistema de startups está a ganhar ritmo na região, com novas incubadoras, projetos e eventos de troca de experiências com “Venture Capitalist” a nasceram anualmente. A ação de parceiros tecnológicos nacionais está em crescimento, veja-se o caso do Porto Tech Hub e o reforço de quadros das empresas suas constituintes com 150 novos postos de trabalho nos últimos meses.
Como pode o Porto captar mais investimento tecnológico?
A chegada de novos “players” só é possível pela região do Porto beneficiar de recursos iguais ou superiores a outras cidades internacionais. A aposta é para estudar e ampliar. Responsáveis das empresas que chegaram recentemente à cidade, assinalam a competência dos profissionais de TI e de Engenharia nacionais a nível de: conhecimento técnico; visão global de negócio; alta performance demonstrada em desafios em projetos no estrangeiro.
Influi para a decisão também, a qualidade de formação nas Universidades locais, o desenvolvimento de outras valias como as línguas ou mesmo os salários competitivos. Outros fatores de atração referidos são os custos dos ativos imobiliários, o contexto económico favorável para o investimento e um centro tecnológico já em movimento.
A cidade beneficia de facilidade de acesso aéreo aos principais destinos de negócio e tem um custo de vida bem mais vantajoso que outros centros europeus, mas com um estilo de vida e condições climatéricas de excelência.
O que devem as parceiras nacionais oferecer.
As consultoras devem nortear a sua ação no acrescimento de valor aos “players” internacionais. Têm de se posicionar no acompanhamento funcional de negócios, construindo uma relação de proximidade e ao mesmo tempo apostando no desenvolvimento dos seus talentos, estimulando o seu poder de inovação.
Acrescentar valor ao negócio do cliente na era da Transformação Digital deve ser feito com a execução de consultoria estratégica que coloque em prática os melhores conhecimentos em Tecnologias de Informação e Project Management, fórmula geradora de mais-valias na KCS iT que nos leva a abrir novo espaço no Porto. O acompanhamento de proximidade das necessidades dos negócios é fulcral, para o conhecimento e resposta atempada e o estabelecimento de uma relação geradora de mais negócio a todos os níveis.