Não é surpresa que a integração da automação nas nossas atividades diárias seja um fator chave na nossa evolução. Desde cedo, o homem utilizou animais para reduzir a necessidade e esforço de recursos humanos mesmo quando a automação ainda não era possível. De seguida, começou a desenvolver soluções de automação como é exemplo os moinhos de água ou mais recentemente em voga o Robotic Process Automation. Está, de facto, embebido em nós o desejo de fazer mais, melhor e mais rapidamente.
A automação e evolução tecnológica está a transformar o mundo e a alterar os paradigmas, inclusive a natureza do trabalho e dos empregos. Isso implica a necessidade de nos preparamos para futuros postos de trabalhos cujo cenário é hoje imprevisível. Estando a inteligência artificial e os robôs cada vez mais perto dos nossos postos de trabalho, como nos podemos manter atualizados e a acrescentar valor?
No The Future of Jobs Report 2020, a World Economic Forum refere que as principais competências para prosperar enquanto funcionário têm se alterado a um ritmo acelerado, reforçando a aprendizagem contínua como fator chave de sucesso no futuro do mercado de trabalho. Destaco 10 das competências designadas como as mais procuradas para o futuro no trabalho:
- Pensamento analítico e inovação
- Resolução de problemas complexos
- Pensamento crítico e análise
- Aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem
- Liderança e influência social
- Uso, monitorização e controlo da tecnologia
- Criatividade, originalidade e iniciativa
- Orientação de serviço
- Resiliência, tolerância ao stress e flexibilidade
- Inteligência emocional
Esta lista reflete que embora os robôs possam realizar as tarefas de forma mais eficiente, continuam a carecer de competências como a criatividade e inteligência emocional. Será que os funcionários mais valiosos do futuro serão os que têm essas competências insubstituíveis ou aqueles com um know-how excecional em tecnologia? A resposta não poderia deixar de ser… Ambas!
Apesar de a lista ser extensa, acredito que o fator chave para o sucesso está na capacidade de abraçar a mudança. Dada a rapidez desta no mercado de trabalho, o funcionário terá que ser ágil e saber como acompanhar a evolução. Sabemos que o ser humano, no seu estado natural, é um ser de hábitos e que encara a mudança como um evento assustador. Devo confessar que quando decidi aceitar o desafio de trabalhar na área das TI com licenciatura em Economia e experiência prévia em contabilidade, a sensação não foi diferente. Contudo, o entusiasmo que deposito nos desafios, bem como a confiança e formação que a KCS iT me proporcionou, superaram qualquer receio.
Uma das respostas a este desafio passa pela colaboração entre as entidades laborais e entidades formativas para que promovam o acesso a competências cruciais, uma vez que a capacidade de inovar, para além de obrigatória, começa a ser trivial.
Sob o ponto de vista do funcionário é expectável que o mesmo assuma responsabilidade por continuamente adquirir novas competências em prol da sua progressão de carreira. Além disso é requisito estar apto a aprender e interpretar diferentes áreas de conhecimento especializado, dada a tendência convergente entre as tecnologias e matérias especializadas.
Estando o mundo a evoluir tão rapidamente, quais são as competências que cada profissional deve dominar? Cabe a cada um trabalhar o seu futuro, adquirir saberes que sejam recursos valiosos durante a sua carreira.