Consultoras e Profissionais de IT: o Match Perfeito em Tempos Incertos

por Adriana Castro Silva em 09/05/2023

Artigo de opinião de autoria de Ana Castro Silva, People & Talent Manage da KCS iT. Publicado originalmente na Human Resources. 

 

Convido-vos a mergulhar comigo num tema que, a nível social, normalmente oscila entre duas perceções: a negativa ou a falta dela, não deixando por isso de contar com opiniões triviais: a associação enquanto Parceiro ou Colaborador em Consultoras.            

Mais do que nunca, pelo momento desafiante de possível recessão que atravessamos, parece-me pertinente que exista uma clareza sócio-laboral a este respeito. A questão central que devemos colocar é: Quais serão as possíveis vantagens de um profissional estar alicerçado a uma empresa de Outsourcing?

Muito me desperta quando ouço vozes a alegarem que: ‘’As empresas de Outsourcing ficam com uma grande parte do salário do colaborador’’. Ora, falando num modelo prático, estas empresas conferem ao cliente a possibilidade de foco na sua área de negócio, ajudando-os na perceção daquelas que poderão ser as necessidades a colmatar, indo também ao encontro desses mesmos perfis, e acabando por fazer uma gestão contínua deles. Ponto. É como uma transferência de responsabilidade de um trabalho especializado.

As consultoras não ficam com remunerações que não são suas por direito, e apenas trabalham na procura dos perfis requeridos, acabando por fazer a mediação entre si e as empresas suas clientes. É claro que, a toda esta envolvente de Management, há uma economia paralela que é investida por parte da consultora, e é nessa avaliação que está o ganho. Na minha perspectiva, eu vejo uma triangulação de win-win neste processo.

Em primeiro, o Trabalhador tem direito a um salário. Um ganho justo face ao mercado é aquele que é recebido entre os pares, mesmo quando contratados pela própria empresa onde estão alocados. Se a empresa consultora receber mais dinheiro por todo o processo que àquela pessoa concerne, não é mais do que o resultado do investimento que foi feito. Existe um todo um custo para a empresa consultora: membros expertise, tempo para pesquisa, integração nos quadro da empresa, formação, gestão de carreira e o próprio acompanhamento.

Em segundo lugar, o Cliente consegue garantir resposta para um projeto que poderá ter um tempo incerto, mesmo não vinculando um recurso efetivo em tempos de uma economia incerta. Em segundo, no que ao Consultor contratado atenta, a principal vantagem direciona-se na possibilidade de
explorar o seu desenvolvimento de trabalho em distintas áreas de negócio, sem que para isso tenha de quebrar um contrato de efetividade, este último tão indutor de uma estabilidade presente.

Claramente que, a uma mudança de projeto ou área de negócio, se anexa o imperativo de um capital humano adjacente ao que o consultor esteja comumente habituado a consumir. Nessa mesma lógica, e precavendo (a natural) vontade de mudança ou o crescimento laboral daquilo que é a sua atual posição, algumas das empresas de consultoria, delineiam múltiplas parcerias no que respeita à formação. Como habitualmente partilho nas entrevistas: “A ideia connosco é que apliques as tuas atuais competências em projeto X, enquanto, paralelamente, estamos contigo a estruturar aquilo que possas desenhar para o teu futuro.” Sublinhando que, o futuro pode remeter para o passo seguinte, ou num longo-prazo, a ideia de como o consultor prevê redesenhar a sua carreira profissional, e assim, de mãos dadas, alinharmos as arestas para que haja espaço para a sua ideia de carreira se verificar viável.

Como tal, com o compromisso de também darmos formação às nossas pessoas, por forma a corresponder às suas ideologias pessoais, ao passo que conseguimos também entregar uma resposta mais imediatista aos nossos parceiros, o leque formativo não limita as 35 horas anuais. Conferimos assim a possibilidade ilimitada de Formação e Certificação, do ponto de vista linguístico, comportamental e técnico – com uma maior ênfase neste último que, convenhamos, tratamos uma área de completa agitação, novidade e competição. Pelo que, a astúcia primária se vê na contínua sede de exploração e agregação de novas ferramentas.                

Por outro lado, nos eventos das empresas de consultoria, o prisma é outro. Mais alargado, diria. Não deixa de ser focado, no que diz respeito aos objetivos traçados, mas mais do que isso, relembra a Missão, o Propósito e o leque de oportunidades. Diga-se que, ninguém melhor para relatar uma vivência do que a própria contada por quem a experiencia, ninguém melhor para palpitar acerca de uma empresa, do que os vários trabalhadores lá alocados, tampouco quando sabem que o seu vínculo laboral mora na empresa consultora, o que lhes aufere uma maior leveza e transparência no discurso. Aqui as opiniões não são recriadas, são plausíveis no que respeita ao sentimento de pertença e foco na atividade.              

Convenhamos que em tempos de uma economia que se apresenta instável, é confortável rodearmo-nos por uma ampla rede de contactos, na certeza de que, se a empresa em que de momento somos necessários, acordar numa situação de lay-off, consigamos dormir sabendo que a empresa Consultora terá múltiplos matchs à nossa espera.

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